Totalmente online, o I Festival Internacional de Cavaquinho acontece a partir de hoje com concertos, oficinas e exibição de documentário.

Por Assessoria /R3S

O cavaquinho finalmente ganhou uma homenagem à altura. Entre os dias 24 e 26 de março, acontece a 1ª edição do Festival Internacional do Cavaquinho. Transmitido via internet (link), o evento gratuito com curadoria do músico e pesquisador Henrique Cazes promove a troca de experiências e informações entre artistas de destaque do Brasil, Portugal e Ilha da Madeira ligados aos instrumentos. O evento tem patrocínio do Governo do Estado do Rio via Lei Aldir Blanc.

O I Festival Internacional do Cavaquinho reflete essa nova realidade e busca aprofundar o diálogo com outras formas de tocar o instrumento no mundo lusófono.vai reunir pela primeira vez essas diferentes culturas do instrumento, visando dar ao cavaquinho e a seus cultores uma dimensão dessa nova realidade.

Entre os artistas que fizeram concertos na festa, estão o músico madeirense Roberto Moritz e o multi-instrumentista português Amadeu Magalhães. Nos 3 dias de festival, a primeira hora de atividades será dedicada à exibição de vídeos documentais. No primeiro dia um “Especial Waldir Azevedo” e nos outros trechos selecionados da série “Apanhei-te Cavaquinho”, que mostra a viagem do instrumento de Portugal para o mundo.

A partir das 18h, oficinas de 40 minutos coordenadas por Henrique Garcia, Pedro Cantalice e Leonardo Benon apresentaram técnicas, repertórios e diferenças construtivas do cavaquinho brasileiro. Bacharel em violão erudito, Garcia integra a banda de Diogo Nogueira desde 2003. Já Cantalice é solista de cavaquinho e forma na 1ª turma do bacharelado no instrumento. Mestre em música, performance e criação Musical pela UnB, Benon é professor de cavaquinho da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello desde 2005.

Apresentações de Magalhães, Moritz e Cazes fecham as noites do evento, ilustrando a diversidade de timbre e repertórios do cavaquinho.

 

O CAVAQUINHO

Criado no norte de Portugal há mais de 500 anos, o cavaquinho se manteve ligado à música folclórica em seu país de origem até 20 anos atrás, quando passou a ser mais incorporado as novas experiências por intérpretes e compositores.

Mesmo no Brasil, onde o cavaquinho se profissionalizou com o sucesso samba e o espalhamento da radiofonia nos anos 1930, ensino formal e sistematizado do instrumento é bastante recente. Se, no passado, a maioria dos cavaquinistas não sabia ler ou escrever partituras, hoje é comum vê-los exercendo a função de arranjador ou produtor musical. Iniciativas de inserção acadêmica do cavaquinho, com a criação do bacharelado na Escola de Música da UFRJ e estudos ao nível de pós-graduação, contribuíram para a consolidação de um novo momento para o cavaquinho.

O século XXI trouxe um novo momento para o cavaquinho no Brasil e no mundo, afirma Cazes, responsável pela criação na UFRJ do primeiro bacharelado em cavaquinho do país,em 2012. Segundo ele, o instrumento despertou interesse crescente nas universidades e foi redescoberto por uma nova geração de artistas em Portugal e na Ilha da Madeira.

 

PROGRAMAÇÃO  – I FESTIVAL INTERNACIONAL DE CAVAQUINHO (FICAV)

24 de março

17h (BR) Exibição Especial Waldir Azevedo

18h10 (BR) Oficina | Waldir Azevedo e o Cavaquinho com Leonardo Benon

19h (BR) Oficina | Memória do Cavaquinho Brasileiro com Pedro Cantalice

20h (BR) Concerto: AMADEU MAGALHÃES (cavaquinho português)

 

25 de março

17h (BR) Exibição Apanhei-te Cavaquinho

18h10 (BR) Oficina | Arranjos para Cavaquinho Solo com Henrique Garcia

19h (BR) Oficina | O Cavaquinho Português com Amadeu Magalhães

20h (BR) Concerto: ROBERTO MORITZ (facão madeirense)

 

26 de março

17h (BR) Exibição Apanhei-te Cavaquinho

18h10 (BR) Oficina | Música Nova para Cavaquinho com Henrique Cazes

19h (BR) Oficina | O Machete Madeirense com Roberto Moritz

20h (BR) Concerto: HENRIQUE CAZES (cavaquinho brasileiro)