Tarantino é um dos raros diretores hollywoodianos com assinatura autoral

Quentin Tarantino é um dos cineastas mais aclamados e inventivos do cinema moderno, com filmes autorais de enorme repercussão no meio cinematográfico. E é sobre essa lenda do cinema mundial que trata o novo curso do crítico Marcelo Janot em parceria com o Estação Net de Cinema do Rio. O curso acontece em três aulas aos sábados no Estação Net Botafogo, a partir de 15 de setembro, ao custo de R$270 (Inscrições: https://goo.gl/vk1gU5).
Segundo Janot, Tarantino é um dos raros diretores hollywoodianos a construir uma assinatura autoral dentro da indústria. Desde a escolha do elenco ao uso criativo da música, o diretor/roteirista está nos lembrando o tempo todo de que o realismo da narrativa ficcional pode ser quebrado pela presença de um autor externo que no caso dele é, antes de qualquer coisa, um exímio contador de histórias. O curso, fartamente ilustrado por cenas de filmes, permitirá ao aluno desenvolver um olhar crítico sobre a estética tarantinesca e assim perceber as nuances de suas escolhas e marcas registradas.
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AULA 1 – Como o jovem cinéfilo militante se transforma no diretor que redefine os rumos do cinema americano dos anos 90 com CÃES DE ALUGUEL e PULP FICTION.

AULA 2 – Da obra-prima JACKIE BROWN ao contestado À PROVA DE MORTE, passando pela delirante saga KILL BILL, o caldeirão de referências aos filmes exploitation e outros gêneros se acentua e ajuda a entender o uso peculiar da violência em sua obra.

AULA 3 – BASTARDOS INGLÓRIOS, DJANGO LIVRE e OS OITO ODIADOS: o tema da vingança ressurge em faroestes pós-modernos permeados pela temática racial, e que encontram o mestre virtuoso da escrita e da encenação em sua plenitude criativa.

Marcelo Janot é crítico de cinema do jornal O Globo desde 2006 e editor do website Criticos.com.br. Publicou em 2018 o livro “Revisão Crítica” (Autografia). Formado em jornalismo pela PUC-Rio, iniciou sua carreira na Tribuna da Imprensa em 1992 e foi repórter e crítico de cinema do Jornal do Brasil por seis anos. Foi presidente, entre 2003 e 2006, da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro. Como membro da FIPRESCI, a federação internacional dos críticos, integrou o júri da crítica em diversos festivais internacionais, como Rotterdam, Havana e San Sebastian. Na TV, trabalhou por oito anos como crítico e comentarista do canal Telecine Cult. Foi colunista do programa Revista do Cinema Brasileiro, na TV Brasil, e apresentador do programa Tela Aberta, exibido na TV Bandeirantes. No rádio, foi colunista de cinema da Rádio Sul America Paradiso e roteirista e apresentador do programa Identidade Brasileira, na Globo FM.