Scarlett Johansson em mais um papel icônico em sua carreira. Como se não bastasse Under the Skin (2013) e Lucy (2014), dessa vez ela vive a protagonista Motoko Kusanagi, conhecida como Major em “A Vigilante do Amanhã: Ghost in The Shell”, baseado no manguá dos anos 80 que leva o mesmo nome. A atriz parece ter entendido esse lugar do mercado e vem se apropriando com maestria de personagens fortes, futuristas, icônicos e feministas ao longo dos últimos anos em sua filmografia.
A adaptação de Ghost in The Shell para o cinema é um acerto, a história bem desenvolvida não impede que espectadores que não conhecem previamente o enredo dos quadrinhos tenham compreensão. O cenário futurista cyberpunk que permeia o filme, assim como a estética, é instigante, algo entre Blade Runner (1982), Matrix (1999) e outros filmes de tecnologia com a pegada suja e noir que apresentam as ilustrações originais.
A filosofia por trás da tecnologia é muito atual, num mundo pós 2029, cérebros se fundem facilmente a computadores e a tecnologia está em todos os lugares. Motoko é uma ciborgue com experiência militar que comanda um esquadrão de elite especializado em combater crimes cibernéticos. Robôs e humanos num mundo onde os chamados ciborgues são cada vez mais humanos, o que confunde, levantando o questionamento sobre o hibridismo humano x tecnológico. Vale a pena conferir.
A Vigilante do Amanhã: Ghost in The Shell
Direção: Rupert Sanders
Roteiro: Jamie Moss
Elenco: Scarlett Johansson, Pilou Asbæk, Takeshi Kitano
Origem: Estados Unidos, 2017
Gênero: Ação, Ficção Científica
Texto: João Monteiro
Imagem: Divulgação