Mostra Brasilidade Pós-Modernismo, que abre nesta quarta, contará com trabalhos de 51 artistas de diversas gerações

Por Jairo Sanguiné / R3S

Em fevereiro do próximo ano será celebrado o centenário de um dos mais  importantes movimentos artísticos brasileiros, a Semana de Arte Moderna, que aconteceu no Theatro Municipal de São Paulo entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922 e acabou se transformando no marco oficial do Modernismo brasileiro. Com a participação de artistas de diferentes áreas artísticas, o movimento pretendia traduzir as transformações pelas quais o país passava a partir de um novo olhar artístico, a partir de uma arte nacional original e que também estimulasse um pensamento acerca dos problemas sociais brasileiros e da variedade cultural do Brasil de então. Apresentações musicais e conferências intercalavam-se às exposições de escultura, pintura e arquitetura, com o intuito de introduzir ao cenário brasileiro as mais novas tendências da arte.

Participaram, direta ou indiretamente, nomes célebres da arte brasileira, como Graça Aranha, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Ronald de Carvalho, Mario de Andrade, Anita Malfatti, Heitor Villa-Lobos, Victor Brecheret, Di Cavalcanti, Guiomar Novais, entre outros. Pinturas e esculturas ficaram expostas no saguão do Theatro e causaram grande escândalo ao gosto público da época;

Conferências, saraus e apresentações de dança e música aconteceram em três dias do evento. Enfim, consolidou o ambiente propício para a publicação de diversas obras que caracterizaram a Primeira Geração do Modernismo brasileiro.

Antecipando-se às comemorações, o Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro apresenta, a partir de 1ode setembro, a mostra Brasilidade Pós-Modernismo. De acordo com a curadoria, o objetivo da mostra é celebrar o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e lançar luz aos traços, remanescências e conquistas que o movimento trouxe, no decorrer dos últimos 100 anos, às artes plásticas do Brasil e refletir, a partir da atualidade, sobre um processo de rever e reparar este contexto. A mostra contará com trabalhos de 51 artistas de diversas gerações como Adriana Varejão, Anna Bella Geiger, Arnaldo Antunes, Cildo Meireles, Daniel Lie, Ernesto Neto, Ge Viana, Jaider Esbell, Rosana Paulino e Tunga .

De acordo com a curadora Tereza de Arruda, a mostra não tem como foco o olhar histórico, “mas na atualidade com obras produzidas a partir de meados da década de 1960 até o dia de hoje, sendo algumas inéditas, ou seja, já com um distanciamento histórico dos primórdios da modernidade brasileira.

A mostra está organizada em seis núcleos temáticos – Liberdade, Futuro, Identidade, Natureza, Estética e Poesia -, a mostra apresenta pinturas, fotografias, desenhos, esculturas, instalações e novas mídias. Segundo Tereza de Arruda, por meio deste conjunto plural de obras, “a Brasilidade se mostra diversificada e miscigenada, regional e cosmopolita, popular e erudita, folclórica e urbana”.

O CCBB-Rio de Janeiro funciona de quarta a segunda (fecha terça), das 9h às 19h aos domingos, segundas e quartas e das 9h às 20h às quintas, sextas e sábados. A entrada do público é permitida apenas com agendamento online (eventim.com.br), o que possibilita manter um controle rígido da quantidade de pessoas no prédio. Ainda conta com fluxo único de circulação, medição de temperatura, uso obrigatório de máscara, disponibilização de álcool gel e sinalizadores no piso para o distanciamento. O CCBB fica na Rua Primeiro de Março, 66 no Centro de Rio de Janeiro.

 

Serviço:

Mostra coletiva ‘Brasilidade Pós-Modernismo’

Curadoria: Tereza de Arruda

Período: 1 de setembro a 22 de novembro

Local: Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB Rio de Janeiro

Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro, Rio de Janeiro – RJ

Funcionamento: Quarta a segunda (fecha terça), das 9h às 19h aos domingos, segundas e quartas e das 9h às 20h às quintas, sextas e sábados.

*Em função da pandemia, é necessário realizar agendamento prévio no site eventim.com.br

Entrada gratuita, mediante a retirada de ingressos na bilheteria

Classificação: Livre