Prefeitura anuncia o fim da exigência de alvará para realização de eventos
Por Jairo Sanguiné / R3S
A Roda de Samba é um patrimônio cultural popular do Rio de Janeiro. Basta alguém batucar num caixinha de fósforos acompanhado por um parceiro com um prato de louça e uma colher que a roda estará feita, e com certeza irá reunir muito gente ao redor cantando junto. Ou seja, nada mais democrático do que uma roda de samba. E é dessas rodas de samba informais que acabam surgindo grandes nomes desse ritmo bem brasileiro, como Almir Guineto, Arlindo Cruz, Jorge Aragão entre muitos outros.
Mas com o passar do tempo, as rodas acabaram ganhando contornos mais profissionais e gerando eventos em espaços públicos e, com isso, veio a burocratização com exigências de alvarás para realização das rodas, que hoje somam cerca de 200 por todo o Rio de Janeiro.
Para alívio dos “sambistas de roda”, a Prefeitura anunciou, na semana passada, o fim do alvará para autorização de eventos, atendendo uma antiga reivindicação dos produtores desses eventos, que reclamam da dificuldade para realizar rodas de samba em locais públicos. A partir de agora, estão agendados encontros entre sambistas e organizadores com o poder público nos bairros da Glória, Madureira, Realengo e Centro. Quem quiser participar pode se inscrever pelo site www.rio.rj.gov.br/web/smc até 21 de junho.que era preciso aliviar a burocracia para a realização de shows, feiras e exposições de rua na cidade. O resultado é que a bonança cultural está de volta.
Segundo a Secretaria de Cultura, a resolução que será editada após os encontros vai incentivar um modelo de sustentabilidade das feiras. Uma iniciativa já anunciada é a permissão de cem mesas e 30 barracas por evento. Haverá também um calendário das rodas a serem realizadas até o fim do ano.