O clássico carioca: pouco espaço, balcão para comer de pé, mesas na calçada, ventilador de parede e São Jorge acompanhado de rosas vermelhas e arruda guardando a cerveja. O Bar do Momo, premiado já três vezes na categoria de melhor boteco do VEJA Comer & Beber, de “pé sujo” só ficou a decoração e o atendimento amigo.
Cria das famílias portuguesas que trouxeram ao Brasil a tradição do trabalho em boteco, o bar fica na Tijuca, centro da comunidade lusitana no Rio. Foi aberto lá em 1972, pelo respeitado Rei Momo do carnaval carioca, Abrahão Reis, e comprado por Antônio Lopes dos Santos, o Tonhão, em 1987. Hoje, ele e o filho Toninho, tocam o balcão e recebem sua clientela cativa, a galera do samba, chefs renomados e turistas.
E tem tudo, cerveja gelada, cachaça e uma batidinha de maracujá, já famosa por lá. Além de uma das melhores cozinhas de boteco do Rio, comandada pelo filho, que também atende as mesas, conversa fiado e cumprimenta cada botequeiro. “Comecem pelo bolinho de arroz”, recomenda Toninho, recheado de linguiça e queijos em quantidade indecente, o melhor da cidade. É sério. Depois é preciso provar o Atolei do Momo, uma costela desfiada com creme de aipim e queijo servido em um copo tipo americano, o famoso Bolovo de Bacalhau, (até) as delícias de jiló, com carne ou numa versão guacamole, e toda a deliciosa baixa gastronomia que só se encontra nos bares cariocas.
É só chegar e pedir uma mesa, colocada na rua dividida com ambulantes durante o dia, enquanto houver calçada. Vá ser feliz!
Bar do Momo
Rua General Espírito Santo Cardoso, 50 A – Tijuca – Rio de Janeiro (RJ)
Todos os dias, a partir das 7h (da manhã mesmo) até o último cliente
Texto: Priscilla Rodrigues
Imagem: Divulgação